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Que mulheres desejamos que nossas filhas sejam?


O que o dia 08 de Março representa?

Ao longo da história, inúmeros eventos sociais de luta por igualdade de direitos podem ser listados: Em 08 de março de 1857, fez-se um marco por conta de uma greve na indústria têxtil de Nova Iorque reivindicando melhores condições de trabalho e igualdade nos direitos trabalhistas para as mulheres. Em 1908, também no dia 08 de março, trabalhadoras do comércio de Nova York, fizeram uma manifestação relembrando a data de 1857, exigindo o voto feminino e o fim do trabalho infantil.

Não somente, nessas datas, mas em uma sucessão de fatos, lutas e reinvindicações em todo mundo relacionados com as mulheres, seus direitos e pedidos de igualdade, fizeram com que no ano de 1910, na Dinamarca, em uma conferência que determinaram o dia 08 de março como: “O Dia Internacional da Mulher”, em homenagem à todos esses movimentos e também como forma de obter apoio internacional para luta em favor do direito de voto (sufrágio universal). Mas foi somente 65 anos depois, em 1975, que durante o Ano Internacional da Mulher, a ONU finalmente passou a celebrar o Dia Internacional da Mulher.

Construção Social da Imagem feminina, a partir da Psicologia Comportamental:

A Análise do Comportamento defende que a ciência, em especial, a Psicologia Comportamental, deve ser usada para a construção de um mundo melhor. Comportamentos pró-sociais são benéficos não somente para os indivíduos, mas, especialmente, para o grupo ao qual ele faz parte. Ou seja, em um processo de aprendizagem, espera-se que sejam ensinados comportamentos adequados que favoreçam vantagens na vida em grupo, mesmo em um tempo futuro.

A visão comportamental de ser humano, favorece uma concepção pluralista de mulher. O que vale dizer, ser mulher, enquanto gênero ou representação social, é fruto da interação de contingências culturais, que podem ser diversas, portanto, a representação do ser mulher é algo que não pode se esgotar em esteriótipos, porém, diretamente influenciada por  nossas práticas culturais ( a forma como olhamos e ensinamos nossos filhos a olhar para a vida, influenciará diretamente na construção de conceitos como dignidade, respeito e civilidade).

Que mulheres desejamos que nossas filhas sejam? 

Então, vale a reflexão: Que mulheres desejamos que nossas filhas sejam?
Responder a tal pergunta envolve um posicionamento crítico, histórico e cultural. Pois, provavelmente, faz com que cada um de nós nos lembremos das mulheres que conhecemos ao longo da vida, as que admiramos, histórias que ouvimos e vivenciamos, e ainda, um exercício de imaginação em como será o mundo daqui há alguns anos. O que é ser mulher nos dias atuais? Como será daqui há algumas décadas? Tal questionamento deve ser feito por homens e mulheres, uma vez que todos nós, somos influenciados e influenciamos a construção social da imagem feminina.

Ainda, há luz da Psicologia Comportamental podemos analisar as práticas culturais atuais quanto à formação do feminino e do ser mulher, e favorecer o estabelecimento de práticas que favoreçam a valorização da mulher e o desenvolvimento da sociedade como um todo.

A mulher que quero que minha filha se torne diz muito das mulheres que admiro e também da que me tornei, espero que ela, assim, como todas as outras, tenha experiências incríveis de aprendizagem, respeito e valorização. Poderia dizer, simplesmente, que gostaria que ela fosse feliz, mas como felicidade, além de subjetivo, pode ser passageiro ao longo da vida, espero contribuir para que ela desenvolva habilidades de tomada de decisão e resolução de problemas que favoreçam independência e autonomia,que entendo, implicarão, diretamente na possibilidade de construir a própria felicidade.

Que ela se conheça, se aceite e se ame! Que seja capaz de entender o que a faz bem nos diferentes momentos da sua vida, podendo ter escolhas mais saudáveis que favoreçam uma vida mais plena e mais feliz ! Enfim, que ela possa escolher fazer, pensar, e principalmente, SER o que quiser!

Sou mãe e Psicóloga Comportamental na cidade de Londrina, em ambos os contextos acredito e busco viver a vida com coragem, consciência e amor! Meu telefone de contato é (43) 99958-6102.

texto adaptado do publicado originalmente em
: http://iacep.com.br/londrina/wp-content/uploads/2017/03/Dia-das-Mulheres.pdf com co-autoria de Lilian C. A. Juliani.

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