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Como o autoconhecimento favorece a prevenção e o tratamento precoce do câncer de mama?


Outubro Rosa: você deve se conhecer para se cuidar!
Ei mulher - de qualquer idade - hoje meu texto é para você!
De olhos fechados você saberia descrever como é seu corpo? E suas mamas?
Com que frequência você tem cuidado de si mesma? Quanto você considera que se observa? Que se conhece? E, que se cuida?
Enquanto mulheres, têm sido cultural sermos descritas como provedoras de cuidados e afeto para quem nos relacionamos.
Mas mesmo tendo a imagem de cuidadores, ainda tem sido muito comum o relato de não ter tempo para cuidar de si mesma!
O autocuidado é um importante recurso para o bem-estar emocional. Além disso, desenvolver o hábito de olhar para si mesma e se empenhar em atividades prazerosas e de cuidados, permite que nos conheçamos melhor e possamos identificar mudanças importantes e fatores que estejam nos afetando.
Consequentemente, o autocuidado e observação, favorecem a prevenção de doenças e tratamento precoce quando algo é observado.
Infelizmente o câncer de mama ainda é o câncer mais comum entre as mulheres. Muito tem se estudado sobre fatores preventivos e protetivos, mas o câncer de mama é multideterminado, assim, a detecção inicial e tratamento precoce, são os principais aliados para a cura.
Embora por muitos anos tenham se estabelecido o critério de uma data específica para o autoexame das mamas, as orientações mais atuais são para que cada mulher conheça e observe seu corpo, assim, poderá identificar qualquer alteração!
Segundo diversos estudos, fatores como vergonha, medo e falta de informação ainda são os principais obstáculos para que mulheres de uma maneira geral, busquem atendimento médico, em especial, com relação aos exames preventivos e de cuidado aos diversos tipos de câncer feminino.
Outubro é o mês de referência para as campanhas de prevenção ao câncer de mama, mas o ideal é que continuadamente, possamos desenvolver estratégias para prevenção e tratamento precoce, a partir da mudanças de práticas pessoais e culturais: enfrentar o medo, a vergonha e a falta de observação. O cuidado começa em casa, ainda na adolescência, é importante que toda mulher conheça o próprio corpo.
É preciso que todas nós, saibamos que nossas mamas são únicas, assim como nós, ou seja, é natural, e comum, que cada mama tenha um tamanho e formato um pouco diferente. Quando a mulher desenvolve o hábito de observar e conhecer o próprio corpo é capaz de reconhecer mudanças e, assim, pode buscar ajuda profissional precocemente.
Por isso, esteja atenta! Olhe, apalpe e sinta suas mamas, cotidianamente, para reconhecer suas variações naturais e identificar as alterações suspeitas. Se perceber alguma alteração persistente, procure orientação médica.
A observação e auto-apalpação das mamas deve ser feita, SEMPRE QUE A MULHER SE SENTIR CONFORTÁVEL PARA ISSO, no banho, ao trocar de roupa, em frente ao espelho ou quando se sentir à vontade. Muitas mulheres com câncer de mama descobriram a doença a partir da observação casual de alterações mamárias e não por meio de uma prática sistemática.
É importante que as famílias estimulem as meninas a começar a fazer os autoexames por volta dos 13 anos ou com as principais mudanças da adolescência, isso porque, nessa fase, ela está começando a conhecer seu corpo, e também, pode ter mais facilidade para estabelecer hábitos que seguirá por toda a vida.
Os principais sintoma que devem chamar a atenção são:
- Nódulo (caroço), fixo e geralmente indolor: Principal manifestação da doença, presente em cerca de 90% dos casos e percebido pela própria mulher. Alterações na pele da mama: avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja. Alterações no bico do peito (mamilo); Aparecimento de pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço; Saída de líquido anormal das mamas. Esses sinais e sintomas devem sempre ser investigados, porém podem estar relacionados a doenças benignas da mama.
Mamografia: de rastreamento e diagnóstica
Além do autoexame, outro aliado para a detecção precoce do câncer de mama é a mamografia. Quando não existem fatores de risco aumentado, ela é considerada uma mamografia de rastreamento, e, segundo as normativas atualizadas em 2015, deve ser feita em mulheres entre 50 e 69 anos.  
Já a mamografia diagnóstica é realizada com a finalidade de investigação de lesões suspeitas da mama, pode ser solicitada em qualquer idade, a critério médico. A mulher que tem risco elevado de câncer de mama (histórico de câncer em familiares consanguíneos) deve conversar com o médico para avaliar qual a melhor conduta para cada caso.
Se você se interessou pelo assunto, pode buscar mais informações diretamente no site do INCA, pelo link abaixo!
Compartilhe esse texto com as mulheres que conhece! E busque contribuir com a cultura de autocuidados e prevenção. Os mitos e tabus relacionados ao câncer ainda prejudicam, em muito, o diagnóstico e tratamento precoces, cuide de você e de quem você ama!
Quando nos sentimos acolhidos e amparados, somos encorajados a enfrentar as situações, por mais difíceis que elas sejam! Isso, por si só já é muito terapêutico, e pode ser parte importante do sucesso do tratamento!
Se quiser compartilhar alguma experiência, entre em contato! Sou Psicóloga Comportamental e atendo em Londrina – Paraná há 7 anos, tel: (043) 9 9958-6102!

Para maiores informações você pode consultar o site do Instituto Nacional de Câncer (INCA):http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home+/mama/cancer_mama

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